sexta-feira, 7 de maio de 2010

Vinho

Eu cheiro a vinho sem ter bebido uma pinga alcoólica; embriaguei-me sem tocar em nada e o cheiro persiste mesmo depois de esfregar violentamente a minha pele. Passo constantemente a cara por água gelada, já não sei se para tirar o cheiro se para tentar entender se tal imenso fedor pode vir mesmo de mim.

Estar assim não é minimamente agradável quando o vinho é rasca e com um cheiro odioso fixado a quem nunca quis ficar assim. Estar assim só afasta quem não devia conseguir sentir o cheiro nojento a vinho podre já que o que fica demasiado tempo sem ser desejado sempre se estraga e fede.

Não me quero deixar beber.

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