sexta-feira, 9 de março de 2012

O meu mais sincero: Amo-te

Depois de mais uma má notícia chega aquele momento em que o esforço enorme que fazes para continuar com a fachada de que as coisas ainda podem voltar ao que eram, descai completamente. Leva com ele lágrimas e gritos mudos como mostra da derrota de um cérebro que deixou de fazer um esforço para tentar inventar novas desculpas e novas razões para fazer acreditar que ainda há uma alternativa que eu queira ouvir neste momento.

Perdi.

Outra vez vou ter que dizer que perdi. (Outra vez!...) Ainda que ela consiga vencer a luta que trava agora para ter a sua propria vida de volta, a medicina não aceita que eu receba de volta a minha amiga. A minha amiga que um dia me escreveu a dizer que me invejava e mesmo tempo sentia orgulho em mim, essa que eu nunca cheguei a dizer que eu sinto imenso orgulho das decições que ela tomou na vida e na mulher linda que se tornou, essa mesmo!, essa eu nunca vou ter de volta. Aquela amiga que eu partilhava muito mais do que o seu gosto para música e filmes, aquela com que partilhei anos e anos da minha vida, aquela a quem eu contei segredos e da qual eu ouvi multiplas barbaridades das quais me ria, aquela mesmo!... Essa. Essa eu sei agora, porque a medicina e as estatísticas se negam a fazer milagres, que nunca mais vou ter.

E eu só espero conseguir aprender a amar esta nova com a mesma força com que amei e amo aquela que com quem cresci.

Orgulho-me de ti amiga.

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