O quanto eu gostava de dizer que aquela lágrima será a última. (E volto a pedir o mesmo desejo na próxima lágrima, e na próxima e na próxima...).
É engraçado como o Universo parece que nos dá sempre alguns sinais mas somos sempre demasiado humanos - e com isto quero dizer burros e cegos! - para entender o que, passado um grande murro na barriga, não podemos negar (ou dois, ou três, ou quatro… ou quantos forem necessários). Para mim foi daquela vez em que do nada te vejo tão perto e tão longe. Num minuto te vejo apenas duas linhas de comboios à minha frente, aceno, chega o teu comboio, entras, o teu comboio parte, entretanto o meu chegou, corro até ao mesmo sitio onde tu estavas para entrar no meu comboio que parte na linha ao lado mas exactamente para o lado contrário. Tudo o que o universo condensou num minuto eu demorei muitos mais a engolir.
E sabes que mais? As viagens de comboio agora já não me parecem tão longas.
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